Após oito anos, o Rush voltou a tocar em São Paulo ontem, em show da turnê "Time Machine", que reuniu cerca de 30 mil pessoas no estádio do Morumbi.
Além de apresentar duas canções do disco "Clockwork Angels", que deve ser lançado em 2011, o trio canadense cumpriu o prometido: tocou na íntegra o clássico álbum "Moving Pictures" (1981).
A apresentação começou sem atrasos, às 21h30, com um público formado por quarentões. Geddy Lee (vocal e baixo), Alex Lifeson (guitarra) e Neil Peart (bateria) abriram a noite com "The Spirit of Radio", depois de um esquete cômico protagonizado pelos três integrantes da banda.
Na primeira parte do show, que durou cerca de uma hora, alternaram-se sucessos como "Subdivisions" e "Time Stand Still" e boas surpresas, como a novíssima "BU2B", que retoma a potência do álbum "Vapor Trails". Borboletas voaram no telão, em meio a uma paisagem psicodélica, na balada "Faithless".
Uma atração à parte, a cenografia foi formada por máquinas giratórias, relógios e uma estrutura monumental de luz que simula a ação de um robô cujos tentáculos saem do teto.
Na volta do demorado intervalo de mais de 30 minutos, o público saiu do chão embalado por "Tom Sawyer", música presente em todas as turnês da banda.
Num dos momentos mais esperados, Neil Peart ocupou o palco sozinho para um solo de bateria acompanhado por uma centopeia que repetia seus movimentos no telão.
Em quase duas horas e meia de show, com direito ao bis formado por "La Villa Strangiato" e "Working Man", impressiona a versatilidade do trio, que demonstra total controle do espetáculo.
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